sábado, 25 de dezembro de 2010

MEUS PECADOS



“De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados". (Lamentações 3:39)

Nesta passagem extraída do belíssimo livro de Lamentações de Jeremias – livro que revela o coração desse notável profeta, e o seus sentimentos para com a nação judaica – nos leva a algo interessante: o pecado traz consequências.
Quando ele pergunta “de que se queixa, pois, o homem vivente?”, os israelitas estavam se queixando do sofrimento que estavam vivendo, das moléstias, derrotas, miséria, consequências do justo juízo de Deus, enfim, males trazidos pela própria mão de Deus. Isso os levava a se queixarem, como se dissessem: por que estou passando isso? Que tempo ruim, que tempo difícil, quanta peste, quanta desgraça, quanta destruição, não aguentamos mais! Entretanto o versículo continua assim: “queixe-se cada um dos seus pecados”. O profeta está ensinando que os sofrimentos foram causados pelos pecados, pela iniquidade dos israelitas, então, ao invés de queixarmo-nos das consequências, Jeremias nos diz para nos queixarmos é do que as trouxe: os pecados.
Mas eu não quero aqui tratar das consequências do pecado e sim do que está no coração de muitos cristãos: a queixa por eles, a insatisfação por tê-los e cometê-los! Quero ilustrar essa passagem com algo assim: se tem algo que eu me incômodo, se tem algo que me fere, que me dói, que é o motivo do meu infortúnio, da minha tristeza... se tem algo que realmente me decepciona, esse algo são os meus pecados.
Quantos cristãos sinceros e idôneos, que tentam viver uma vida santa, pautada nas Escrituras, têm uma vida razoável, muitas vezes até vitoriosa, consistente, feliz, mas, invariavelmente, essa sequência promissora é frustrada quando nos deparamos com nossos pecados, produzindo desânimo, sentimento de culpa, auto-julgamento, incapacidade, decepção... e todos aqueles sonhos que construímos pautados nas Escrituras de sermos cristãos, santos, poderosos, bem sucedidos, desabam na nossa frente por conta de tais pecados, logo vem a nossa queixa: “Oh, esses malditos pecados de novo! Mais uma vez eles estão no meu caminho, que ódio! Por que eles não saem? Por que não os venço?”
Então isso nos deixa loucos, nos faz ficar remoendo em nosso interior e travar uma batalha interna colossal, que envolve nossos sentimentos, mente e até o corpo, ao ponto de quase nos levar à autoflagelação! Ah, malditos pecados! Se pudesse destruí-los, se pudesse estirpá-los cem por cento da minha vida agora, se pudesse dormir e acordar sem vocês, se pudesse não errar, não falhar, não cometer mais nenhum delito e viver o resto da minha vida sem vocês, eu o faria agora!
Davi era um homem que se queixava muito de seus pecados – o livro de Salmos está repleto de suas queixas – uma delas está no Salmo 38.4: “Pois já as minhas iniquidades sobrepassam a minha cabeça; como carga pesada são demais para as minhas forças”. Outra queixa está no Salmo 51.3: “Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim”.
Irmão, eu quero te mostrar o lado bom de tudo isso. À semelhança de Davi, apenas se queixam dos pecados pessoais os homens retos, íntegros e santos, que possuem o Espírito de Deus – só se queixam dos seus pecados os verdadeiros cristãos! Se você tem se incomodado, entristecido, sentido amargura e repulsa, isso tem o lado bom: é sinal que a graça está sobre você! Que o Espírito Santo está atuando na sua vida! É sinal que o pecado te incomoda demais, o que te faz repugná-lo, ainda que você o cometa! 
Na vida do apóstolo Paulo era assim: o mal que ele não queria fazer ele o fazia (Rm. 7.19). Esse mal que Paulo dizia está se referindo aos seus pecados, sendo assim, não devemos ficar desanimados, desistir ou decretar uma sentença a nós mesmos, pois vivemos num corpo de pecado, estamos debaixo da lei do pecado. Até sermos glorificados ele fará parte da nossa essência, porém se alegre, se anime, porque se você tem se queixado dos seus pecados, se eles ainda te incomodam e te entristecem é sinal de que Deus está sobre você, é sinal que você não se submeteu a eles, é sinal que mesmo fraco eles não têm domínio sobre você!
O mal estaria se você não se queixasse e nem se entristecesse, ou mesmo, fosse indiferente a eles. Se erga, se levante e peça ajuda a Deus no combate a eles e não permita que tais deslizes, totalmente perdoados no Calvário, te paralizem. Vamos dizer como Davi: “Purifica-me com hissopo e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais branco do que a neve. Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que gozem os ossos que tu quebraste”. (Sl. 51.7-8).

Abraços, e que Deus o abençoe ricamente.
Comunidade Cristã Vencedores em Cristo
Pra. Sara Rodrigues.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A Eternidade de Deus em nossos corações

...Também colocou a eternidade no coração dos homens, sem que o homem possa descobrir a obra que Deus fez desde o principio até o fim Eclesiastes 3-11.

Analisando profundamente a esta palavra de Deus, ele transferiu ao meu coração uma revelação que poucos homens já pararam pra analisar.
Deus transferiu a eternidade dele para o coração dos homens, esta eternidade é a consciência dele que transfere no momento em que esta gerando ao coração humano. E O mais lindo é de que, ao nascer este homem ele nasce com a eternidade de Deus, devolvendo somente no momento de sua partida, ou regresso a casa do Pai.
A Eternidade de Deus é a consciência de que como filhos do Pai da eternidade, ele gera em nosso Espírito todas as transferências espirituais, o qual este nosso espírito recebendo estas informações celestiais transfere a nossa alma, esta por sua vez passa a transferência de tudo ao nosso sangue que é a vida de Deus em nós, e esta vida sustenta o nosso corpo.
Mateus capítulo 13 fala sobre a parábola do semeador, quando a semente que sempre será boa, encontrar a boa terra irá frutificar; para isso depende de como será este coração.
Quando endurecemos os nossos corações para a eternidade de Deus que são os seus mistérios eternos, não temos a vida de Deus em nós, e no momento em que a vida sai de nossos corpos, a eternidade de Deus é imediatamente devolvida a ele. Neste momento vidas são perdidas eternamente.
Êxodo 3-14 nos diz que Deus é o grande “EU SOU”, não diz que foi ou que ainda será, mas que é eternamente o Senhor de tudo e todos.
Por isso é que a grande revelação da salvação só pode chegar onde a semente encontrar boa terra. Quando uma criança nasce e em seguida imediatamente morre, ela não tem a consciência de Deus conectada, pois, a vida não foi consumada, sendo assim sem pecado, volta para Deus.
Mas, caso a criança nasce e obtém vida, esta vida terá que gerar a eternidade ou não, ser ou não filha do Pai da Eternidade (Isaias 9-6). Isso quer dizer que Jesus Cristo, o Pai da Eternidade e também salvador de nossas almas, quando é Senhor em nossas vidas é ele quem coordena todas as coisas.
No momento que o Espírito Santo nos enche com seu precioso Espírito através de sua unção, nosso espírito transfere essa unção para nossas almas, que enche o sangue da vida de Cristo, e ele passa a ter novamente o seu corpo ligado na terra, através de sua vida eterna, o nosso sangue vivificado por ele, através do Espírito vivificador. Esse processo por meio de nossas almas, a qual ele é o Salvador e Senhor.
Que Deus possa lhe abençoar ricamente com esta revelação.
Comunidade Cristã Vencedores em Cristo
Pra. Sara Rodrigues Silva de Mello.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O Segredo de Jesus:

                              

 Aprendeu a se esvaziar
De certo que aja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus..... Filipenses 2-5.
Existem algumas frases bíblicas que chocam um pouco. Uma delas para mim é está. Sabe Por quê? Ele pede que com certeza aja em nós o mesmo sentimento que houve em Cristo, ou seja, esvaziar-se de todas e qualquer vantagens que possamos vir a ter, e algumas até mesmo para não termos. Por quê? Um exemplo muito comum. Existem algumas pessoas que às vezes passa por uma grande turbulência; e neste momento ela vai fazer uma análise do que tem e pode abrir mãos para obter a solução para este problema específico. E o que faz, ás vezes abre mão de algo muito valoroso por um preço muito inferior ao que realmente é válido, só para solucionar aquilo em que tanto precisa. Quantas pessoas que estão na outra ponta só se preparando para pegar pessoas nestas situações para obterem as costumeiras vantagens. Provérbio 22-16 nos diz que: O que oprime ao pobre, ou o que dá ao rico, empobrecerá.
Isso quer dizer que Deus não vê com bons olhos o que procura tirar vantagens para si, com as dificuldades do irmão. Mas neste caso ele diz, é melhor que você, dê a ele o que ele precise, mesmo que nunca mais vá reaver, do que tirar vantagem em um momento destes.
Quantas vezes já ouvimos alguém falar, por que vou ajudá-lo, o que vou ganhar com isso? Ou por que eu tenho que fazer isso agora por ele, sendo que ele nunca fez nada por mim, ou por que eu tenho que abrir mão disso sendo que ninguém abre.....e quantas outras frases de como e porque conceder vantagens a outros sendo que isso não trará benefícios  para mim.
Mas Jesus não obteve nenhuma vantagem, pelo contrário apenas concedeu vantagens ao obedecer ao seu Pai.
Sabe Jesus em Mateus 3-13, quando é batizado, ao sair ele sai cheio do espírito Santo, mas Deus não lhe permite ir fazer imediatamente sua obra e iniciar ao seu ministério Por quê? Antes tinha que ser tentado pelo Diabo.  Da mesma forma que Moisés ficou quarenta dias jejuando e vencendo suas próprias dificuldades, e da mesma forma que Elias também teve que Jejuar quarenta dias indo ao Horebe o monte de Deus, depois de vencer aos profetas de Baal e Assera. Jesus teria que resistir a tentação, e qual eram esta tentação?
A tentação de Jesus foi resistir à oferta do Diabo, que disse: Se prostrado me adorares, tudo isso te darei.... Dar o que? Dar o que ele recebeu da matriz, ou seja, do primeiro homem criado. Satanás recebeu a autoridade e o domínio da terra que era de Adão, agora queria devolver ao Senhor Jesus ao mundo e tudo isso que ele era detentor obtido pela desobediência. Mas Jesus resistiu, não iria conceder a sua autoridade como Deus, para obter a autoridade de um homem. Satanás era bem atento, pois, já tinha ganhado anjos poderosos, e os feito cair do próprio céu, já tinha ganhado a autoridade da terra por fazer o primeiro homem cair, Adão, Agora queria que o próprio Deus, nosso Senhor caísse e lhe concedesse sua autoridade, apenas o adorando e obedecendo a sua vontade.
Temos que analisar isso, ou ouvimos a Deus e o obedecemos, ou iremos obedecer a Satanás e servi-lo. Mas se nos sujeitarmos ao nosso Deus, esse é o segredo para resistirmos ao Diabo e ele fugir de nossas vidas. Foi o que Jesus fez.
Com qual segredo? Abrindo mão de suas vantagens e conquistas pessoais, para isso somente fazendo a vontade de seu Pai, nosso Deus.
De certo que aja em vós o mesmo que houve nele, esta vontade de obedecer ao nosso Deus e Pai. Mesmo que tenhamos que passar a nossa vez para o irmão que tanto menosprezamos, mesmo que deixemos de obter lucros e vantagens e façamos isso ao nosso irmão e pior digo ainda até ao nosso pior inimigo. Romanos 12-20 nos diz: Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer, se tiver sede, dá-lhe de beber; por que fazendo isso, amontoarás brasas de fogo sobre sua cabeça.
Que estas palavras possam trazer uma boa reflexão em sua vida.
Abraços
Comunidade Cristã Vencedores em Cristo
Pra. Sara Rodrigues Silva de Mello.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Formando os Melhores Líderes


Deus não quer apenas que formemos alguns líderes, mas que formemos os melhores líderes de nossas cidades 
DICAS SEGUNDO O MINISTÉRIO DE JESUS PARA PREPARAR OS MELHORES.
 1-      Homogeneidade. Jesus escolheu pessoas parecidas com ele ou muito diferentes? (Semelhança esta, em relação a cultura, classe social, sexo, idade). Jesus não escolheu mulheres nem jovens e crianças. Você já imaginou se Jesus tivesse mulheres entre seus discípulos, como as pessoas reagiriam se no monte da transfiguração ou no getsêmani encontrassem Jesus com as discípulas na madrugada? Com certeza Jesus tinha boas razões para não ter mulheres no seu grupo de discipulado e estas razões não têm fundo discriminatório, era questão de homogeneidade, de viabilização no discipulado. Jesus escolheu pessoas parecidas, homogêneas, eram homens quase todos galileus e idade aproximada. Vários deles com a mesma profissão e escolaridade.

2-      Estar com elesMarcos 3:14  Então, designou doze para estarem com ele e para os enviar a pregar. Jesus separou 12 para estarem com ele por onde quer que fosse, tanto em público como no privado. Jesus fazia refeições com os discípulos, orava com eles, ensinava na prática e em classes. Entre centenas Jesus escolheu 12, mas como foi o processo de seleção e escolha de Jesus?
A)   Marcos 3:13. Subiu o monte..... o lugar de decisão e escolhas difíceis é o monte, lugar de oração, junto de Deus, ouvindo os conselhos do Pai. Esta escolha não foi por parentesco ou amizade. Jesus poderia ter falado com João batista para encerrar seu próprio ministério e segui-lo, mas dependeu 100% de Deus e usou princípios de liderança. Os princípios falam mais alto do que as preferências pessoais na vida de um grande líder.
B)   Marcos 3:13. Chamou os que ele quis, e vieram.... Jesus não fez uma segunda chamada, ele chamou e todos foram obedientes e vieram sem hesitar. Aqui percebemos duas características, uma do líder; mesmo no início ele deve ter liderança, deve ter seguidores. Se a pessoa não tiver liderança ou confiabilidade pode fazer dez chamadas e os candidatos a discípulos nunca estarão lá. A outra característica é que os convocados para a reunião foram todos, eles foram obedientes, submissos, ao contrário de outros que ao serem convocados preferiram enterrar um parente morto primeiro, outro quis despedir-se da família, o jovem rico quis atender suas riquezas, mas os discípulos de Jesus se disponibilizaram. Este é um dos segredos de um bom discípulo DISPONIBILIDADE.
C)   Marcos 3:14. Designou 12, escolheu ou legitimou 12 entre muitos para estarem com ele e para exercerem autoridade. Este é o caso em que chamamos de consagrar um ministro, ungi-lo para uma determinada função e posição ou investi-lo de autoridade, liberar sobre ele a autoridade e unção que Deus tem dado.    
 3-      Dar atenção ao interior da pessoa. No discipulado devemos prestar atenção nas motivações, valores e estrutura de pensamentos.  O que se passa na mente e no coração é que vai definir o futuro do discípulo. Não ficar doutrinando a pessoa com as coisas externas como roupa, comportamento. Seu estereótipo é resultado do interior. Provérbios 23:7  Porque, como imagina em sua alma, assim ele é. Devemos olhar o coração como Deus o faz; 1 Samuel 16:7 porque o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração. Se nós nos preocuparmos com o exterior produziremos religiosos, se dermos atenção ao interior produziremos líderes adoradores. Pedro (Mc 14:68) e Davi (2Sm 11:15) tiveram comportamentos ruins em alguns momentos, mas tinham coração sincero e desejo de acertar. Quando Jesus reencontrou Pedro não falou de seu comportamento ruim, foi logo ao coração e perguntou; Pedro tu me amas? João 21:16  Tornou a perguntar-lhe pela segunda vez: Simão, filho de João, tu me amas? Ele lhe respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Pastoreia as minhas ovelhas. E Davi foi chamado de homem segundo o coração de Deus; Atos 13:22  E, tendo tirado a este, levantou-lhes o rei Davi, do qual também, dando testemunho, disse: Achei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade. Dar atenção ao caráter e a vida com Deus, faz toda a diferença na formação de um líder.
 4-      Desenvolver neles uma mentalidade de vencedores. Imagine se Jesus não desenvolvesse a mentalidade de galileus pescadores para a mentalidade de apóstolos às nações? Após a morte de Moisés Deus discipulou pessoalmente Josué para sua grande missão e neste discipulado percebemos Deus incutindo em Josué uma mentalidade de vencedor, de sucesso e prosperidade; Josué 1: 5-7  Ninguém te poderá resistir todos os dias da tua vida; como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei, nem te desampararei. Sê forte e corajoso, porque tu farás este povo herdar a terra que, sob juramento, prometi dar a seus pais. Tão-somente sê forte e mui corajoso para teres o cuidado de fazer segundo toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem-sucedido por onde quer que andares
 5-      Desenvolver disciplina em si e nos discípulos. Uma pessoa indisciplinada não conquistará muita coisa. Robert Kiyosaki, autor do livro Pai Rico Pai Pobre, diz que o que separa um rico de um pobre é a auto-disciplina, é a capacidade de se impor certas disciplinas e cumpri-las. Disciplina significa regularidade, pontualidade, constância, domínio de si e de sua vida. Há pessoas que parecem ser domadores e a vida é um cavalo a ser domado, ela está sempre correndo atras da máquina, sempre há algo em desordem, está sempre estressada, parece que a vida a joga de um lado para outro e ela não tem controle. Uma pessoa assim se torna inconstante, imprevisível, você não sabe qual a arte que a vida aprontou para ela naquele dia. Não espere que um discípulo assim tenha uma vida devocional regular, um dia lê dez capítulos, por dez dias não lê nenhum. Para formar líderes bons este é um segredo; levar os discípulos a desenvolverem disciplina, para isto eles precisam de disponibilidade. Só haverá mudança e formação em quem se sujeitar a certas disciplinas, só se sujeitarão a certas disciplinas quem tiver disponibilidade.
 6-      Balizamento pelos frutos e não pelo intelectual ou aparência. Mateus 7:20  Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis. A promoção, o reconhecimento é para aquele que deu o melhor resultado e não para o mais inteligente, talentoso, desinibido e de bons argumentos.

Ricardo Wagner, apóstolo, & Vanderlei Cardoso, pastor

domingo, 19 de setembro de 2010

> Pense Nisso
> 
> Eram aproximadamente 22:00 horas quando um jovem começou a se dirigir para casa. 
> Sentado no seu carro, ele começou a pedir: 
> - 'Deus! Se ainda falas com as pessoas, fale comigo. 
> Eu irei ouvi-lo. 
> Farei tudo para obdecê-lo' 
> Enquanto dirigia pela rua principal da cidade, ele teve um pensamento muito estranho: 
> - 'Pare e compre um galão de leite'.. 
> Ele balançou a cabeça e falou alto: 
> - 'Deus? É o Senhor?'. 
> Ele não obteve resposta e continuou dirigindo-se para casa. 
> Porém, novamente, surgiu o pensamento: 
> - 'Compre um galão de leite'. 
> 'Muito bem, Deus! No caso de ser o Senhor, eu comprarei o leite'. 
> Isso não parece ser um teste de obediência muito difícil... 
> Ele poderia também usar o leite. 
> O jovem parou, comprou o leite e reiniciou o caminho de casa. 
> Quando ele passava pela sétima rua, novamente ele sentiu um pedido: 
> - 'Vire naquela rua'. 
> Isso é loucura... 
> - pensou e, passou direto pelo retorno. 
> Novamente ele sentiu que deveria ter virado na sétima rua.. 
> No retorno seguinte, ele virou e dirigiu-se pela sétima rua. 
> Meio brincalão ele falou alto 
> - 'Muito bem, Deus. Eu farei'. 
> Ele passou por algumas quadras quando de repente sentiu que devia parar. 
> Ele brecou e olhou em volta. 
> Era uma área mista de comércio e residência. 
> Não era a melhor área, mas também não era a pior da vizinhança. 
> Os estabelecimentos estavam fechados e a maioria das casas estavam 
> escuras, como se as pessoas já tivessem ido dormir, exceto uma do outro 
> lado que estava acesa. 
> Novamente, ele sentiu algo: 
> - 'Vá e dê o leite para as pessoas que estão naquela casa do outro lado da rua'. 
> O jovem olhou a casa. 
> Ele começou a abrir a porta mas voltou a sentar-se. -' Senhor, isso é loucura. 
> Como posso ir para uma casa estranha no meio da noite?'. 
> Mais uma vez, ele sentiu que deveria ir e dar o leite. Finalmente,ele abriu a porta... 
> - ' Muito Bem, Deus, se é o Senhor, eu irei e entregarei o leite àquelas pessoas. 
> Se o Senhor quer que eu pareça uma pessoa louca, muito bem.. 
> Eu quero ser obediente. 
> Acho que isso vai contar para alguma coisa, contudo, se eles não responderem 
> imediatamente, eu vou embora daqui'. 
> Ele atravessou a rua e tocou a campainha. 
> Ele pôde ouvir um barulho vindo de dentro, parecido com o choro de uma criança. 
> A voz de um homem soou alto: 
> - 'Quem está aí? O que você quer?' 
> A porta abriu-se antes que o jovem pudesse fugir. 
> Em pé, estava um homem vestido de jeans e camiseta. 
> Ele tinha um olhar estranho e não parecia feliz em ver um desconhecido em pe na sua soleira. 
> - 'O que é?'. 
> O jovem entregou-lhe o galão de leite. 
> - 'Comprei isto para vocês'. 
> O homem pegou o leite e correu para dentro falando alto. 
> Depois, uma mulher passou pelo corredor carregando o leite e foi para a cozinha. 
> O homem a seguia segurando nos braços uma criança que chorava.. 
> Lágrimas corriam pela face do homem e, ele começou a falar, meio soluçando: 
> - 'Nós oramos.. 
> Tínhamos muitas contas para pagar este mês e o nosso dinheiro havia acabado. 
> Não tínhamos mais leite para o nosso bebê. 
> Apenas orei e pedi a Deus que me mostrasse uma maneira de conseguir leite. 
> Sua esposa gritou lá da cozinha: 
> - 'Pedi a Deus para mandar um anjo com um pouco de leite... 
> Você é um anjo?' 
> O jovem pegou a sua carteira e tirou todo dinheiro que havia nela e 
> colocou-o na mão do homem... 
> Ele voltou-se e foi para o carro, enquanto as lágrimas corriam pela sua face.. 
> Ele teve certeza que Deus ainda responde aos verdadeiros pedidos. 

terça-feira, 7 de setembro de 2010

O PODER DAS ALIANÇAS (Parte 2)

Princípios que Governam as Alianças
Depois de Israel estar por 40 anos no deserto, no tempo em que Josué começou a invadir a terra de Canaã,
“os moradores de Gibeão ouvindo o que Josué fizera com Jericó e com Ai, usaram de estratagema, e foram, e se fingiram embaixadores ... Foram ter com Josué, ao arraial, a Gilgal, e lhe disseram, a ele e aos homens de Israel: ... Teus servos vieram de uma terra mui distante, por causa do nome do SENHOR, teu Deus; porquanto ouvimos a sua fama e tudo quanto fez no Egito; e tudo quanto fez aos dois reis dos amorreus que estavam dalém do Jordão, Seom, rei de Hesbom, e Ogue, rei de Basã, que estava em Astarote. Pelo que nossos anciãos e todos os moradores da nossa terra nos disseram: Tomai convosco provisão alimentar para o caminho, e ide ao encontro deles, e dizei-lhes: Somos vossos servos; fazei, pois, agora, aliança conosco. Este nosso pão tomamos quente das nossas casas, no dia em que saímos para vir ter convosco; e ei-lo aqui, agora, já seco e bolorento; e estes odres eram novos quando os enchemos de vinho; e ei-los aqui já rotos; e estas nossas vestes e estas nossas sandálias já envelheceram, por causa do mui longo caminho. Então, os israelitas tomaram da provisão e não pediram conselho ao SENHOR. Josué concedeu-lhes paz e fez com eles a aliança de lhes conservar a vida; e os príncipes da congregação lhes prestaram juramento. Ao cabo de três dias, depois de terem feito a aliança com eles, ouviram que eram seus vizinhos e que moravam no meio deles. Pois, partindo os filhos de Israel, chegaram às cidades deles ao terceiro dia; suas cidades eram Gibeão, Cefira, Beerote e Quiriate-Jearim. Os filhos de Israel não os feriram, porquanto os príncipes da congregação lhes juraram pelo SENHOR, Deus de Israel; pelo que toda a congregação murmurou contra os príncipes. Então, todos os príncipes disseram a toda a congregação: Nós lhes juramos pelo SENHOR, Deus de Israel; por isso, não podemos tocar-lhes. Isto, porém, lhes faremos: Conservar-lhes-emos a vida, para que não haja grande ira sobre nós, por causa do juramento que já lhes fizemos.” (Js 9)
“Ouvido que Josué tomara a Ai e a havia destruído totalmente e feito a Ai e ao seu rei como fizera a Jericó e ao seu rei e que os moradores de Gibeão fizeram paz com os israelitas e estavam no meio deles ... se ajuntaram e subiram cinco reis dos amorreus, o rei de Jerusalém, o rei de Hebrom, o rei de Jarmute, o rei de Laquis e o rei de Eglom, eles e todas as suas tropas; e se acamparam junto a Gibeão e pelejaram contra ela. ... Os homens de Gibeão mandaram dizer a Josué ... sobe apressadamente a nós, e livra-nos, e ajuda-nos, pois todos os reis dos amorreus que habitam nas montanhas se ajuntaram contra nós. Então, subiu Josué ..., ele e toda a gente de guerra com ele e todos os valentes ... Josué lhes sobreveio de repente, porque toda a noite veio subindo ... O SENHOR os conturbou diante de Israel, e os feriu com grande matança em Gibeão, e os foi perseguindo ... Sucedeu que, fugindo eles de diante de Israel ... fez o SENHOR cair do céu sobre eles grandes pedras ... e morreram. Mais foram os que morreram pela chuva de pedra do que os mortos à espada pelos filhos de Israel ... Então, Josué falou ao SENHOR, no dia em que o SENHOR entregou os amorreus nas mãos dos filhos de Israel; e disse na presença dos israelitas: Sol, detém-te em Gibeão, e tu, lua, no vale de Aijalom. E o sol se deteve, e a lua parou até que o povo se vingou de seus inimigos.” (Js 10:1-13)
Depois de quase quinhentos anos destes acontecimentos, sabemos que a aliança que Josué havia feito com os gibeonitas ainda estava de pé, pela leitura dos seguintes fatos:
“Houve, em dias de Davi, uma fome de três anos consecutivos. Davi consultou ao SENHOR, e o SENHOR lhe disse: Há culpa de sangue sobre Saul e sobre a sua casa, porque ele matou os gibeonitas. Então, chamou o rei os gibeonitas e lhes falou. Os gibeonitas não eram dos filhos de Israel, mas do resto dos amorreus; e os filhos de Israel lhes tinham jurado poupá-los, porém Saul procurou destruí-los no seu zelo pelos filhos de Israel e de Judá. Perguntou Davi aos gibeonitas: Que quereis que eu vos faça? E que resgate vos darei, para que abençoeis a herança do SENHOR? Então, os gibeonitas lhe disseram: Não é por prata nem ouro que temos questão com Saul e com sua casa; nem tampouco pretendemos matar pessoa alguma em Israel. Disse Davi: Que é, pois, que quereis que vos faça? Responderam ao rei: Quanto ao homem que nos destruiu e procurou que fôssemos assolados, sem que pudéssemos subsistir em limite algum de Israel, de seus filhos se nos dêem sete homens, para que os enforquemos ao SENHOR, em Gibeá de Saul, o eleito do SENHOR. Disse o rei: Eu os darei. Porém o rei poupou a Mefibosete, filho de Jônatas, filho de Saul, por causa do juramento ao SENHOR, que entre eles houvera, entre Davi e Jônatas, filho de Saul. Porém tomou o rei os dois filhos de Rispa, filha de Aiá, que tinha tido de Saul, a saber, a Armoni e a Mefibosete, como também os cinco filhos de Merabe, filha de Saul, que tivera de Adriel, filho de Barzilai, meolatita; e os entregou nas mãos dos gibeonitas, os quais os enforcaram no monte, perante o SENHOR; caíram os sete juntamente. Foram mortos nos dias da ceifa, nos primeiros dias, no princípio da ceifa da cevada. Então, Rispa, filha de Aiá, tomou um pano de saco e o estendeu para si sobre uma penha, desde o princípio da ceifa até que sobre eles caiu água do céu; e não deixou que as aves do céu se aproximassem deles de dia, nem os animais do campo, de noite. Foi dito a Davi o que fizera Rispa, filha de Aiá e concubina de Saul. Então, foi Davi e tomou os ossos de Saul e os ossos de Jônatas, seu filho, dos moradores de Jabes-Gileade, os quais os furtaram da praça de Bete-Seã, onde os filisteus os tinham pendurado, no dia em que feriram Saul em Gilboa. Dali, transportou os ossos de Saul e os ossos de Jônatas, seu filho; e ajuntaram também os ossos dos enforcados. Enterraram os ossos de Saul e de Jônatas, seu filho, na terra de Benjamim, em Zela, na sepultura de Quis, seu pai. Fizeram tudo o que o rei ordenara. Depois disto, Deus se tornou favorável para com a terra.” (II Sm 21:1:14)
Neste texto, aprendemos vários princípios que governam a aliança:
a.      Alianças são estabelecidas através das palavras que falamos. Os príncipes de Israel fizeram a aliança com os gibeonitas através de um juramento. Juramento é uma afirmação ou negação explícita de alguma coisa, tomando a Deus por testemunha. Assim, aliança em si é um conjunto de palavras que estabelece os termos de um relacionamento: as obrigações, os direitos, etc. A Bíblia mostra que Deus estabeleceu a sua aliança com os homens através de sua Palavra: “Para sempre se lembra da sua aliança, da palavra que empenhou para mil gerações” (I Cr 16:15). Aliança está ligada a palavras. O que dizemos é pra valer! Toda aliança vem em forma de palavras. Aliança não é um relacionamento, mas ela estabelece e governa como este relacionamento acontece.
b.      Mesmo que sejam feitas no engano, alianças são válidas. A aliança que Josué fez com os gibeonitas estava alicerçada no engano, pois eles mentiram que moravam em uma terra distante, enquanto eram seus vizinhos. Mas, apesar da mentira dos gibeonitas, a aliança continuou valendo. Mesmo que façamos alianças apressadamente, sem conhecermos todos os detalhes, elas são válidas e precisam ser honradas.
c.       Existem bênçãos e milagres de Deus para fortalecerem aqueles que guardam as alianças (mesmo que esta aliança tenha sido feita sem o conselho de Deus e com base no engano). Deus fez cair “pedras do céu” e parou o sol enquanto Josué defendia os gibeonitas, para que os amorreus, inimigos dos gibeonitas, fossem destruídos. Quando guardamos as alianças que realizamos, existem coisas que se sucedem para o bem de ambas as partes que não podemos explicar como foi que aconteceram.
d.      Numa verdadeira aliança, as duas partes sempre saem ganhando. A relação de uma aliança é uma relação de ganha/ganha, ou seja, uma relação na qual as duas partes ganham. Se a relação for ganha/perde, na qual apenas uma parte ganha e a outra perde, não existem motivos de haver aliança, e esta não tem validade. No caso da aliança entre Israel e Gibeão, os dois ganharam. Israel protegia os gibeonitas e estes, por sua vez, serviam a Israel.
e.      Aqueles que fazem alianças têm compromissos (deveres) e benefícios (direitos) em relação à outra parte. Quando a aliança for feita entre uma parte mais forte (autoridades) e uma parte mais fraca, a parte mais forte tem o compromisso de abençoar, fortalecer e proteger a parte mais fraca, e a parte mais fraca deve submissão (estar debaixo da mesma missão), honra e serviço à parte mais forte. Os gibeonitas tinham a expectativa de serem protegidos, e Israel cumpriu com sua parte defendendo-os com dedicação e afinco. Por outro lado, os gibeonitas, como a parte mais fraca da aliança, serviam a Israel. Existem também alianças entre partes iguais. São chamadas alianças de cooperação, sendo feitas para o fortalecimento das duas partes com iguais compromissos e deveres.
f.        Alianças devem ser mantidas dentro dos termos acordados, mesmo que haja pressões contrárias e se apresentem justificativas lógicas para que sejam quebradas. Josué e os príncipes de Israel não cederam as pressões dos israelitas para destruírem os gibeonitas, mesmo que houvesse justificativas plausíveis e razões lógicas para tal. Existem alianças perpétuas, as quais são estabelecidas para perpétuas gerações, como a que Deus fez com Abraão e sua descendência (“Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência no decurso das suas gerações, aliança perpétua, para ser o teu Deus e da tua descendência.” Gn 17:7). Também existem alianças para uma vida, que são alianças que duram até uma das partes não mais existir (como a aliança do casamento). A aliança que Deus fez com Davi foi uma aliança perpétua, mas a aliança que Deus fez com Saul foi para uma vida. O Senhor falou assim a Davi:
 “Quando teus dias se cumprirem e descansares com teus pais, então, farei levantar depois de ti o teu descendente, que procederá de ti, e estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o trono do seu reino. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; se vier a transgredir, castigá-lo-ei com varas de homens e com açoites de filhos de homens. Mas a minha misericórdia se não apartará dele, como a retirei de Saul, a quem tirei de diante de ti. Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre.” (II Sm 7:12-16)
g.      Nas alianças temporárias ou condicionais, a autoridade e o poder de decisão estão nas mãos da parte mais forte. Alianças temporárias são também alianças que duram até alguma das condições inexistir. No caso de alianças temporárias que não tenham sido estabelecidas para durarem por toda vida, se todas as condições continuam existindo, para que a aliança seja desfeita deve haver interesse e consentimento das duas partes, especialmente da autoridade. Muitas vezes, somente a parte maior tem condições de cancelar a aliança. Caso a parte mais fraca decida por ela romper a aliança, sem interesse e consentimento da parte mais forte, ela se encontra em rebeldia e sob maldição. Aprendemos isso quando Abraão enviou seu mais antigo servo a encontrar uma esposa para seu filho. Nesse caso, Abraão (a parte maior) estabeleceu as condições para que o servo fosse desobrigado de seu compromisso de juramento:
“Era Abraão já idoso, bem avançado em anos; e o SENHOR em tudo o havia abençoado. Disse Abraão ao seu mais antigo servo da casa, que governava tudo o que possuía: Põe a mão por baixo da minha coxa, para que eu te faça jurar pelo SENHOR, Deus do céu e da terra, que não tomarás esposa para meu filho das filhas dos cananeus, entre os quais habito; mas irás à minha parentela e daí tomarás esposa para Isaque, meu filho. Disse-lhe o servo: Talvez não queira a mulher seguir-me para esta terra; nesse caso, levarei teu filho à terra donde saíste? Respondeu-lhe Abraão: Cautela! Não faças voltar para lá meu filho. O SENHOR, Deus do céu, que me tirou da casa de meu pai e de minha terra natal, e que me falou, e jurou, dizendo: À tua descendência darei esta terra, ele enviará o seu anjo, que te há de preceder, e tomarás de lá esposa para meu filho.Caso a mulher não queira seguir-te, ficarás desobrigado do teu juramento; entretanto, não levarás para lá meu filho. Com isso, pôs o servo a mão por baixo da coxa de Abraão, seu senhor, e jurou fazer segundo o resolvido.” (Gn.24:1-8)
Esta questão também pode ser vista quando a Bíblia fala do divórcio (quebra da aliança de casamento). Sempre que a Bíblia se refere em romper com a aliança de casamento pelo divórcio, ela se refere ao homem dando a “carta de divórcio”, ou seja, o homem (a parte mais forte) decide pelo divórcio e não a mulher (a parte mais fraca).
“Se um homem tomar uma mulher e se casar com ela, e se ela não for agradável aos seus olhos, por ter ele achado coisa indecente nela, e se ele lhe lavrar um termo de divórcio, e lho der na mão, e a despedir de casa; e se ela, saindo da sua casa, for e se casar com outro homem; e se este a aborrecer, e lhe lavrar termo de divórcio, e lho der na mão, e a despedir da sua casa ou se este último homem, que a tomou para si por mulher, vier a morrer, então, seu primeiro marido, que a despediu, não poderá tornar a desposá-la para que seja sua mulher, depois que foi contaminada, pois é abominação perante o SENHOR; assim, não farás pecar a terra que o SENHOR, teu Deus, te dá por herança.” (Dt 24:1-4)
“Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério.” (Mt 5:31-32)
“Replicaram-lhe: Por que mandou, então, Moisés dar carta de divórcio e repudiar? Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa mulher; entretanto, não foi assim desde o princípio. Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério e o que casar com a repudiada comete adultério.” (Mt 19:7-9)
h.      Alianças quebradas geram a ira de Deus sobre aqueles que a quebram, e conseqüente julgamento (maldição). Josué e os príncipes de Israel não intentaram destruir os gibeonitas, pois sabiam que teriam sérios problemas. Por outro lado, quase 500 anos depois da aliança ter sido feita, Saul quebrou-a tentando destruir os gibeonitas. Como resultado, todo território de Israel foi amaldiçoado a ponto de o povo passar fome por três anos. Quando quebramos a aliança não cumprindo com a parte que nos cabe, não apenas nós, mas todos que estão ao nosso redor sofrerão as conseqüências destes atos.
i.        O tempo não diminui a força da aliança. Mesmo que tivesse passado muito tempo que Josué e os príncipes de Israel haviam feito a aliança com os gibeonitas, ela ainda era válida. Saul quebrou a aliança quase 500 anos depois de ela ter sido feita e o povo sofreu as consequências.
j.        Para que a maldição de uma aliança quebrada seja redimida, é preciso derramamento de sangue. A maldição sobre Israel só foi redimida quando sete dos filhos de Saul, que havia quebrado a aliança, foram enforcados e enterrados juntamente com seu pai. Isso significa que quebrar uma aliança é pecado que gera maldição e precisa de sangue, do sangue de Jesus, para ser redimida.
k.       Depois de haver redenção do pecado da quebra da aliança, a maldição é quebrada e a terra é sarada. Quando a justiça é feita na Terra, cessa a vingança dos céus. Depois dos filhos de Saul serem pendurados em praça pública, “Deus se tornou favorável para com a terra” (II Sm 21:14), “sobre eles caiu água do céu” (II Sm 21:10) e venceram muitas batalhas contra os gigantes filisteus (II Sm 21:15-22).

Conclusão
Mesmo que não temos chamado de alianças muitas das relações que construímos no decorrer de nossas vidas, elas são verdadeiras alianças pelas condições que se apresentam. A facilidade com que essas alianças são quebradas denota, em primeiro lugar, a falta de conhecimento do que significa uma aliança e das consequências em quebrá-las e, num segundo momento, a falta de integridade daqueles que quebram essas alianças.
Não apenas na sociedade secular brasileira, mas também na igreja, fomos muito influenciados pela Lei de Gerson. Esta expressão originou-se em1976 numa propaganda para os cigarros Vila Rica, em que o meia armador Gérson, da Seleção Brasileira de futebol, era protagonista. A propaganda dizia que esta marca de cigarro era vantajosa por ser melhor e mais barata que as outras, e Gérson dizia no final: “Gosto de levar vantagem em tudo, certo? Leve vantagem você também”. Esta expressão foi então utilizada no sentido pejorativo, no qual a pessoa que "gosta de levar vantagem em tudo", no sentido negativo, se aproveita de todas as situações em benefício próprio, sem se importar com questões éticas ou morais. Mesmo que, mais tarde, o jogador anunciou o arrependimento de ter associado sua imagem ao reclame, seu nome já estava aliado à filosofia de um comportamento pouco ético.
A filosofia das alianças bate de frente com a cultura na qual a máxima é “levar vantagem em tudo”. Mesclando o ensino bíblico de alianças com a filosofia da Lei de Gerson, temos o seguinte pensamento: no momento que uma aliança é vantajosa para mim e me agrada, estou dentro; no momento que não vejo mais uma vantagem imediata e não me agrada mais, pulo fora. Este conceito está praticamente no inconsciente de todo brasileiro e isso tem maculado o cristianismo e as bênçãos decorrentes das alianças.
Como podemos gerar uma força sinérgica para invadirmos a sociedade gerando um impacto e uma revolução em nossas comunidades se não temos a capacidade de fazermos e mantermos verdadeiras alianças e trabalharmos em equipe, como um verdadeiro corpo? Como alcançaremos coisas grandes se depois que todo esquema de jogo tenha sido organizado, no meio da partida alguns jogadores decidem não mais jogar? Depois do “treinador” apostar nestes jogadores treinando-os e orientando-os estrategicamente eles não verem mais vantagem imediata e caírem fora.
Não podemos mais conviver com este tipo de postura no cristianismo. Precisamos nos reciclar e renovar nossa mente com a Palavra de Deus. Repudiarmos todo mundanismo de nosso inconsciente. Precisamos nos arrepender das alianças que quebramos e reivindicar as bênçãos decorrentes das alianças que possuímos. Assim estarmos unidos e avançaremos para impactar nossas comunidades.

Ricardo Wagner, apóstolo

domingo, 5 de setembro de 2010

Qual é a Tua MISSÃO?

 COM QUEM VC TEM FEITO ALIANÇAS???????????????????????????????????

O PODER DAS ALIANÇAS (Parte 1)

Ricardo Wagner, apóstolo
A maioria das histórias dos grandes eventos na Bíblia não são histórias de um indivíduo isoladamente, mas histórias de equipes. Inicia lá no começo de tudo, quando “disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gn 1:26). Tudo começou quando o Deus triuno (um Deus que por si só é uma equipe) criou todas as coisas. Depois de ter criado Adão, disse “Deus: Não é bom que o homem esteja só” e por isso criou a Eva estabelecendo que esta deveria estar em submissão (debaixo da mesma missão) ao homem, sendo sua auxiliadora idônea (Gn 2:18). Desta forma Deus criou a primeira equipe na terra (a família).
Posteriormente Noé, sua esposa, filhos e noras (uma equipe) impediram o desaparecimento da humanidade através da arca. De Abraão Deus formou uma equipe (os 12 filhos de Jacó) que formaram as 12 tribos de Israel donde surgiu quase toda história do Velho Testamento. Moisés não foi chamado sozinho à missão de libertar os israelitas do Egito. Deus lhe deu uma equipe para auxiliá-lo em suas limitações como está escrito: “Pois te fiz sair da terra do Egito e da casa da servidão te remi; e enviei adiante de ti Moisés, Arão e Miriã” (Mq 6:4). Para vencer na batalha contra os amalequitas, Moisés teve que trabalhar em equipe. Enquanto Arão e Hur sustentavam suas mãos, Josué pelejava e prevalecia contra os inimigos (Ex 17:10-13). O rei Davi possuía uma equipe de homens valentes que também mataram gigantes assim como seu líder havia feito (II Sm 17:10, II Sm 21:22, II Sm 23:8). Salomão liderava com sabedoria e tinha 12 intendentes (sua equipe) que o ajudava a governar (I Rs 4:7). Jesus realizou sua missão aqui na terra e formou uma equipe de 12 homens que o acompanharam em toda sua caminhada. O apóstolo Paulo não trabalhava sozinho. Sempre saia para suas viagens missionárias com uma equipe apostólica através das quais estabelecia novas igrejas.
Na verdade, Deus nos criou para trabalharmos em equipes. Nenhuma pessoa é capaz de realizar a obra de Deus isoladamente. Deus mesmo usou o exemplo de um corpo para descrever como a igreja deveria trabalhar. Cada um fazendo a sua parte, e juntos, como corpo de Cristo (uma equipe), trabalhando para estabelecer o Reino de Deus.
Existe uma sinergia no trabalho em equipe. Sinergia significa que o resultado de trabalhar juntos é maior que a soma dos indivíduos. Exemplificando: um cavalo sozinho tem força para puxar até duas toneladas. Se colocarmos dois cavalos trabalhando juntos, a lógica seria que puxassem até quatro toneladas. Mas em função de trabalharem em parelha (equipe) conseguem puxar até 29 toneladas. Isto é sinergia. Quando trabalhamos juntos em equipe a força se multiplica.
Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se caírem, um levanta o companheiro; ai, porém, do que estiver só; pois, caindo, não haverá quem o levante. Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará? Se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; o cordão de três dobras não se rebenta com facilidade.” (Ec 4:9-12) Por isso todo cristão precisa perceber que sua primeira e principal missão é gerar e preparar uma equipe para realizar a obra de Deus na sua máxima eficiência.
Para trabalharmos em equipe uma coisa é fundamental: que todos integrantes da equipe estejam comprometidos em uma mesma missão e visão de trabalho. Desta forma, uma equipe é um conjunto de pessoas, trabalhando para alcançarem um objetivo comum, cada um contribuindo com sua parte. Isto exige comprometimento de todos envolvidos. Sem este comprometimento não existe equipe.
Este compromisso entre as partes chama-se de aliança. As alianças são as bases que geram o relacionamento de equipe. Sem alianças não há equipes. Equipes sadias e vencedoras são equipes bem aliançadas, onde os objetivos comuns são mais importantes que os objetivos individuais. Aqueles que não andam em alianças, nunca conseguem formar equipes e conseqüentemente não alcançarão grandes feitos. Por outro lado, quando as alianças são fortes, acima das emoções e sentimentos pessoais passageiros, grandes realizações serão alcançadas.
O próprio Deus não faz nada antes dele fazer aliança. Tudo aquilo que Deus faz pelo homem está alicerçado e baseado em uma aliança. Nada entre Deus e o homem acontece sem que primeiro Deus tenha feito uma aliança com o homem. Deus fez aliança com Adão (Gn 1:27-30), Noé (Gn 9:11-17), Abraão (Gn 17:1-9), Isaque (Gn 26:2-5,24), Jacó (Gn 28:13-14), com os Israelitas (Ex 6:3-8, 19:4-6, 23:20-25), e com Davi (Sl 89:3-4) e depois operou em favor deles. Tudo que Deus fez por eles e por sua descendência dependia da aliança que Deus havia feito.

A Seriedade da Aliança
A nossa sociedade, principalmente nossa geração, não possui o correto conceito e a seriedade com que Deus trata as alianças. A banalização das alianças tem sido uma marca dos nossos tempos. A leviandade com que as pessoas têm feito alianças e as têm quebrado mostra que nossa geração desconhece os princípios que governam as alianças. Uma das provas disso é o aumento do número de divórcios. Atualmente, no Brasil, 25% dos casamentos dão em divórcio.
O casamento é um dos mais claros exemplos do que é uma aliança. Duas pessoas que se unem para gerarem uma família. Sozinhos nunca conseguiríamos isto. E Deus leva muito a sério a aliança feita no casamento. Ele próprio diz que se fez “testemunha da aliança entre ti e a mulher da tua mocidade ... sendo ela a tua companheira e a mulher da tua aliança.” Ele continua dizendo: “ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade ... porque o Senhor, Deus de Israel, diz que odeia o repúdio”, ou seja, a quebra da aliança feita nos votos do casamento (Ml 2:14-16). Salomão escreveu: “Quando fizeres um voto a Deus, não tardes em o cumprir; porque não se agrada de tolos. Cumpre o voto que fazes. Melhor é não fazeres voto, do que fazê-lo sem o cumprir.” (Ec 5:2-6) A repreensão que Deus faz em relação ao divórcio não é a questão de haver um novo casamento, mas a questão da aliança que é quebrada, dos votos feitos no casamento não serem cumpridos.
O grande rei Davi compreendia claramente o conceito de aliança segundo a visão de Deus. “Jônatas e Davi fizeram aliança” (I Sm 18:3) e posteriormente renovaram e estenderam esta aliança até suas casas (descendentes) conforme está escrito: “fez Jônatas aliança com a casa de Davi” (I Sm 20:16). Mesmo que Davi tenha tomado o lugar de Jônatas na sucessão do trono de Israel (uma vez que Jonatas, sendo filho do rei Saul, era o herdeiro natural do trono), ele fez esta aliança com Davi, pois “o amava como à sua própria alma”.
Quando Jônatas e Saul já eram mortos e Davi havia assumido o reinado de Israel,
“disse Davi: Resta ainda, porventura, alguém da casa de Saul, para que use eu de bondade para com ele, por amor de Jônatas? ... Então, Ziba ,” servo de Saul “respondeu ao rei: Ainda há um filho de Jônatas, aleijado de ambos os pés ... Então, mandou o rei Davi trazê-lo ... Vindo Mefibosete, filho de Jônatas, filho de Saul, a Davi, inclinou-se, prostrando-se com o rosto em terra. Disse-lhe Davi: Mefibosete! Ele disse: Eis aqui teu servo! Então, lhe disse Davi: Não temas, porque usarei de bondade para contigo, por amor de Jônatas, teu pai, e te restituirei todas as terras de Saul, teu pai, e tu comerás pão sempre à minha mesa.” (II Sm 9:1-10)
Davi restituiu a Mefibosete as terras pertencentes a Saul, seu avô, e também o colocou em lugar de honra, fazendo com que estivesse à sua mesa nas refeições como qualquer um de seus filhos, apesar dele ser paraplégico e, por isso, indigno de estar perante o Rei (naquela época pessoas paraplégicas eram proibidas de estarem perante o rei). Posteriormente, quando ele seria entregue a morte, Davi “poupou a Mefibosete, filho de Jônatas, filho de Saul, por causa do juramento ao SENHOR, que entre eles houvera, entre Davi e Jônatas, filho de Saul” (II Sm 21:7).  Davi estava consciente da seriedade da aliança que havia feito com Jônatas e soube honrar com este compromisso.
Se, por um lado tanto Davi, como os descendentes de Jonatas foram abençoados por causa da aliança que fizeram, por outro lado aqueles que quebram alianças são seriamente afetados por esta atitude.
Vamos ver a triste história da destruição de Jerusalém:
Foi durante o reinado de Joaquim que o exército da Babilônia, comandado pelos oficiais do rei Nabucodonosor, marchou contra Jerusalém e cercou a cidade. Enquanto a cidade estava cercada, o próprio rei Nabucodonosor foi até lá, e o rei Joaquim, a sua mãe, os seus filhos, os seus oficiais e os funcionários do palácio se entregaram aos babilônios. No oitavo ano do reinado de Nabucodonosor, ele levou Joaquim como prisioneiro. Também levou para a Babilônia todos os tesouros do Templo e do palácio. Conforme o SENHOR tinha dito, Nabucodonosor quebrou todos os objetos de ouro que o rei Salomão tinha feito para serem usados no Templo. Nabucodonosor levou como prisioneiros toda a gente de Jerusalém, todos os príncipes e todos os cidadãos mais importantes, dez mil pessoas ao todo. Levou também todos os artesãos, incluindo os ferreiros. Ficaram em Judá somente as pessoas mais pobres. Nabucodonosor levou Joaquim para a Babilônia como prisioneiro, junto com a mãe dele, as suas esposas, os seus oficiais e as pessoas mais importantes de Judá. Nabucodonosor mandou todos os homens importantes para a Babilônia, sete mil ao todo, e mil artesãos, incluindo os ferreiros, todos eles treinados para lutar na guerra.
Nabucodonosor colocou Matanias, o tio de Joaquim, como rei de Judá e mudou o nome dele para Zedequias. Zedequias tinha vinte e um anos de idade quando se tornou rei de Judá. Ele governou onze anos em Jerusalém. A mãe dele se chamava Hamutal e era filha de Jeremias, da cidade de Libna. O rei Zedequias fez coisas erradas, que não agradam a Deus, o SENHOR, como o rei Joaquim havia feito. O SENHOR ficou tão irado contra o povo de Jerusalém e de Judá, que os afastou da sua presença. Zedequias se revoltou contra o rei Nabucodonosor, da Babilônia. Então Nabucodonosor veio com todo o seu exército e atacou a cidade de Jerusalém no dia dez do décimo mês do ano nove do reinado de Zedequias. Eles acamparam fora da cidade e construíram rampas de ataque ao redor dela. Ficaram cercando a cidade até o ano onze do reinado de Zedequias. No dia nove do quarto mês do mesmo ano, quando a cidade estava apertada pela fome, e não havia comida para o povo, os babilônios conseguiram abrir uma brecha na muralha da cidade. Embora eles estivessem em volta da cidade, todos os soldados israelitas fugiram durante a noite. Eles saíram pelo caminho do jardim do rei, foram pelo portão que ligava as duas muralhas e fugiram na direção do vale do Jordão. Mas o exército dos babilônios perseguiu o rei Zedequias, alcançou-o na planície de Jericó, e todos os seus soldados o abandonaram. Zedequias foi preso e levado para o rei da Babilônia, que estava na cidade de Ribla. Ali Nabucodonosor pronunciou a sua sentença contra Zedequias. Mataram os seus filhos na frente dele. Então Nabucodonosor mandou furar os olhos de Zedequias e prendê-lo com correntes de bronze; depois o levaram para a Babilônia. No dia sete do quinto mês do ano dezenove do reinado de Nabucodonosor, da Babilônia, Nebuzaradã, conselheiro do rei e comandante-geral do seu exército, entrou em Jerusalém. Ele incendiou o Templo, o palácio do rei e as casas de todas as pessoas importantes de Jerusalém, e os seus soldados derrubaram as muralhas da cidade.” (II Rs 24:10-25:10 NTLH)
Neste texto vemos que a invasão de Jerusalém, a prisão de Zedequias com a perfuração de seus olhos, o assassinato de seus filhos diante dele, a destruição do Templo (que os judeus ainda choram até hoje) o incêndio do palácio real e das casas das pessoas mais importantes, bem como a derribada dos muros de Jerusalém tiveram uma razão específica: “O rei Zedequias fez coisas erradas, que não agradam a Deus”, então “o Senhor ficou tão irado contra o povo de Jerusalém e de Judá, que os afastou da sua presença” (II Rs 24:19-20).
A destruição de Jerusalém aconteceu em função de Zedequias fazer o que era mau perante o Senhor (Ez 12:13-14, Jr 32:5, 34:3-5, 52:11). Mas especificamente o que ele fez de tão mau que gerou tal calamidade? Isto não está especificado neste texto, mas temos outras passagens na Bíblia que nos especificam o que causou tal desolação:
Então, veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Dize agora à casa rebelde: Não sabeis o que significam estas coisas? Dize: Eis que veio o rei da Babilônia a Jerusalém, e tomou o seu rei e os seus príncipes, e os levou consigo para a Babilônia; tomou um da estirpe real e fez aliança com ele; também tomou dele juramento, levou os poderosos da terra, para que o reino ficasse humilhado e não se levantasse, mas, guardando a sua aliança, pudesse subsistirMas ele se rebelou contra o rei da Babilônia, enviando os seus mensageiros ao Egito, para que se lhe mandassem cavalos e muita gente. Prosperará, escapará aquele que faz tais coisas? Violará a aliança e escapará? Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, no lugar em que habita o rei que o fez reinar, cujo juramento desprezou e cuja aliança violou, sim, junto dele, no meio da Babilônia será morto. Faraó, nem com grande exército, nem com numerosa companhia, o ajudará na guerra, levantando tranqueiras e edificando baluartes, para destruir muitas vidas. Pois desprezou o juramento, violando a aliança feita com aperto de mão, e praticou todas estas coisas; por isso, não escapará. Portanto, assim diz o SENHOR Deus: Tão certo como eu vivo, o meu juramento que desprezou e a minha aliança que violou, isto farei recair sobre a sua cabeça. Estenderei sobre ele a minha rede, e ficará preso no meu laço; levá-lo-ei à Babilônia e ali entrarei em juízo com elepor causa da rebeldia que praticou contra mim. Todos os seus fugitivos, com todas as suas tropas, cairão à espada, e os que restarem serão espalhados a todos os ventos; e sabereis que eu, o SENHOR, o disse.” (Ez 17:11-21)
Neste texto vemos que Jerusalém e Judá prevaleceriam através da aliança que Nabucodonosor havia feito com Zedequias (conforme está escrito: “guardando a sua aliança, pudesse subsistir” Ez 17:14). Também vemos que a principal causa que gerou a ira de Senhor sobre Jerusalém e Judá foi a violação da aliança que haviam feito com o rei da Babilônia. A quebra desta aliança fez com que Jerusalém fosse completamente assolado. O Senhor disse: “Violará a aliança e escapará?” (Ez 17:15) Ou seja, para Deus não se pode violar uma aliança e se escapar ileso.
Voltando agora ao texto que Malaquias escreve sobre a aliança de casamento, lemos que o SENHOR declara que “foi testemunha da aliança entre ti e a mulher da tua mocidade” (Ml 2:14). Isto significando que o Senhor está envolvido como testemunha: atestando, confirmando, testificando e declarando ter visto e é sabedor do que aconteceu, fazendo-se participante da aliança realizada. No caso de Zedequias, Deus novamente se faz testemunha e participante da aliança, afirmando que a aliança que Zedequias quebrou não foi apenas com o Rei da Babilônia, mas também com Ele. O Senhor disse: “o meu juramento que desprezou e a minha aliança que violou”. Ou seja, Deus diz que Zedequias quebrou a aliança com Ele. Conseqüentemente o reino de Zedequias foi destruído, seus olhos foram perfurados e foi levado cativo à Babilônia, onde morreu, por causa da rebeldia que praticou contra mim disse o Senhor (Ez 17:19).
Com base nestes textos podemos dizer que Deus é participante de toda aliança que realizamos. Se formos fiéis a esta aliança subsistiremos e seremos abençoados, mas se formos infiéis, estaremos sendo rebeldes e violaremos a aliança, não apenas com quem a realizamos, mas também com Deus e não poderemos escapar das conseqüências destruidoras destes atos.

A Terra é Atingida Pelas Alianças
Quando o rei Zedequias quebrou a aliança que havia feito com os Babilônicos, buscando ajuda no Egito, não apenas Zedequias, que foi o responsável por esta decisão, sofreu as conseqüências, mas todos habitantes de Jerusalém e toda Judá sofreu. A quebra da aliança contaminou toda terra e todos sofreram as conseqüências. Temos outras passagens bíblicas que mostram isso:
 “Na verdade, a terra está contaminada por causa dos seus moradores, porquanto transgridem as leis, violam os estatutos e quebram a aliança eterna. Por isso, a maldição consome a terra, e os que habitam nela se tornam culpados; por isso, serão queimados os moradores da terra, e poucos homens restarão.” (Is 24:5-6)
Quando violardes a aliança que o SENHOR, vosso Deus, vos ordenou, e fordes, e servirdes a outros deuses, e os adorardes, então, a ira do SENHOR se acenderá sobre vós, e logo perecereis na boa terra que vos deu.” (Js 23:16)
Se um homem se divorciar de sua mulher, e depois da separação ela casar-se com outro homem, poderá o primeiro marido voltar para ela? Não seria a terra totalmente contaminada? Mas você tem se prostituído com muitos amantes e, agora, quer voltar para mim?”, pergunta o SENHOR. “Olhe para o campo e veja: Há algum lugar onde você não foi desonrada? À beira do caminho você se assentou à espera de amantes, assentou-se como um nômade no deserto. Você contaminou a terra com sua prostituição e impiedade. Por isso as chuvas foram retidas, e não veio chuva na primavera. Mas você, apresentando-se declaradamente como prostituta, recusa-se a corar de vergonha.” (Jr 3:1-3)
Deus lava muito a sério as alianças, os juramentos e compromissos que fizemos com outras pessoas. Não podemos nos deixar levar pela cultura vigente, mas devemos voltar aos rudimentos estabelecidos por Deus. Esta é a única maneira de fazer com que as bênçãos nos persigam por onde quer que andarmos.
Continua ...

Ricardo Wagner, apóstolo Fonte : Site www.redeapostolica.com.br